Português Falado: A linguística das variantes, a forma oral e escrita, o sentido da língua oral
língua falada (informal, “proximidade”) vs. língua escrita (formal, “distância”)
2. O modelo da língua histórica de Eugenio Coseriu
[trad. Coseriu, Eugenio1976. Das romanische Verbalsystem. Tübingen: G. Narr, p. 17-35 - Esquema original]
2.1. Sistema – Norma – Discurso
D = Discurso (utilização concreta de uma língua)
N = Norma (as realizações convencionais de uma língua aceites pela comunidade linguística)
S = Sistema (a língua no seu todo, inventário de todas as formas possíveis)
3. As teorias de Aristóteles e de Ferdinand de Saussure
Desde os primórdios da história da humanidade que o fenómeno “língua” (enquanto sistema virtual ou realização concreta) tem ocupado filósofos e teóricos. Aristóteles, por exemplo, ao abordar a questão da língua, distingue ergon ‘obra’, dynamis ‘dinamismo’ e energéia ‘energía’. Enquanto Dynamis representa a capacidade universal da linguagem, a “potência” da língua virtual ou, a nível individual, a língua que um indivíduo possui; Ergon é o produto em si, o resultado da utilização da língua (a totalidade dos “textos”, orais ou escritos). Energéia, por sua vez, é o termo que designa a actividade da fala, o discurso, o momento concreto de utilização da língua (a língua concreta).
Ferdinand de Saussure descreve a língua como um sistema das estruturas (“estruturalismo”). Diferencia entre langue ‘língua’ (sistema da língua, uma língua individual que pressupõe um desenvolvimento diacrónico, ou seja, surge da história) e parole ‘fala / discurso’ (o uso concreto da língua, quer na forma oral quer escrita).
Texto de Tomasz Perz (Protocolo do seminário "Português Falado", do dia 24.10.05. Para mais informações consultar seminário - 24.10.05 em portuguesfalado.com.sapo.pt)
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